A Oração do Senhor (P.L. 4, 541-555)

São Cipriano de Cartago
(†258) Bispo de Cartago e Mártir

Quais são, caríssimos irmãos, os mistérios da oração do Senhor? Quantos e quão grandes são eles, condensados em palavras breves mas prenhes de força espiritual, que nada omitem e fazem dessa oração um compêndio da doutrina celeste?

Diz ele: "Assim deveis orar: Pai-nosso, que estás nos céus". O homem novo, renascido e restaurado para Deus, pela graça, diz, logo de início, Pai, porque já começou a ser filho. "Veio pata o que era seu e os seus não o receberam. A todos, porém, que o receberam, deu o poder de se tornarem filhos de Deus, a todos os que crêem em seu nome". [1]. Assim, aquele que crê em seu nome e se torna filho de Deus, há de começar imediatamente a dar graças e a confessar-se filho de Deus. E ao dirigir-se a Deus, chamando-o de Pai que está no céu, indica também, por suas primeiras palavras da vida nova, que renunciou ao pai terreno e carnal, que reconhece o Pai que principiou a ter no céu. Pois está escrito: "Quem diz a seu pai e a sua mãe, não os conheço, e a seus filhos, não sei quem sois, este guardou os teus preceitos e conservou o teu testamento" [2]. Também o Senhor ensinou que não devemos chamar a ninguém" pai", na terra, porque só existe para nós um Pai que está nos céus. E respondeu ao discípulo que fizera menção do pai falecido: "Deixa aos mortos que sepultem os seus mortos" [3]. Ele havia dito que o seu pai estava morto, contudo o Pai dos crentes vive.

Como é grande, portanto, a indulgência do Senhor! Ele nos envolve com a abundância de sua graça e bondade, a ponto de querer que o chamemos Pai, ao elevarmos a Deus nossa oração, de modo que assim como Cristo é Filho, nós também sejamos chamados filhos. Se o próprio Cristo não nos tivesse permitido orar dessa maneira, quem de nós ousaria pronunciar tal nome de Pai? Por isso devemos estar conscientes de que se damos a Deus tal apelativo precisamos agir como filhos seus, para que assim como nos alegramos com Deus Pai, também se alegre Ele conosco. Vivamos, portanto, como templos de Deus, para que se note que Ele habita em nós. Que nossa ação não seja indigna do Espírito, para que não nos aconteça ter começado a ser do céu e pensar e praticar o que não é celeste nem espiritual. Com efeito, o Senhor nos adverte: - "Eu glorificarei os que me glorificam e desprezarei os que me desprezam" [4]. Igualmente diz o bem-aventurado Apóstolo: "Não sois vossos. Fostes comprados por um grande preço. Glorificai a Deus trazendo-o em vosso corpo" [5].

Dizemos a seguir: "Santificado seja o teu nome". Não porque pretendamos que Deus seja santificado por nossa oração, mas pedimos que seu nome seja santificado em nós. De resto, por quem poderia ser santificado o santificador? Mas, como disse ele: "sede santos, que eu também sou santo" [6], suplicamos a perseverança naquilo que começamos a ser pela santificação do batismo. Oramos assim todos os dias, necessitamos diariamente de santificação a fim de purificar-nos continuamente dos pecados de cada dia. E o Apóstolo nos indica qual a santificação que nos é conferida pela misericórdia de Deus: "Na verdade, fostes perversos, devassos... mas fostes lavados, justificados e santificados em nome de nosso Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus" [7]. Diz que estamos santificados em nome de Jesus Cristo e no Santo Espírito do nosso Deus. Oramos para que esta santificação permaneça em nós. E como o Senhor, nosso juiz, recomendou ao que foi por ele curado e vivificado, não reincidisse em pecado, a fim de não lhe acontecer algo pior, fazemos continuamente esta prece, suplicamos dia e noite, seja mantida em nós, pela proteção de Deus, a santificação e vivificação que recebemos de sua graça.

Segue-se a petição: "Venha a nós o teu reino". Desejamos que o reino de Deus se torne presente a nós, como havíamos desejado que o seu nome fosse santificado em nós. Pois quando é que Deus não reina? Quando poderia começar para ele um reino que sempre existiu e nunca deixará de existir? Pedimos, pois, que venha a nós o "teu reino", aquele que nos foi prometido por Deus e obtido pela paixão de Cristo. Nós, os que servimos neste século como servos, esperamos reinar com Cristo vitorioso, conforme a promessa: "Vinde, benditos de meu Pai, apossai-vos do reino que vos está preparado desde o começo do mundo" [8]. Pode-se dizer que o próprio Cristo seja o reino de Deus ao qual queremos chegar, cada dia, e cujo advento pedimos que se abrevie. Pois se ele é a nossa ressurreição, porque nele ressuscitamos, podemos igualmente conceber que ele seja também o reino, uma vez que nele havemos de reinar. E com razão pedimos o reino de Deus, isto é, o reino celeste, pois há também o reino terrestre, mas quem renunciou ao século está acima desse reino e das suas honras.

Ajuntamos a seguir: "Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu". Não que Deus deva ser rogado a fazer o que Ele mesmo quer, mas nós devemos fazer o que Ele quer.

Quem o impediria de fazer o que quer? Nós, todavia, perturbados como somos pelo diabo, que pretende impedir-nos de seguir a Deus com toda a alma e ação, regamos que se cumpra em nós a vontade de Deus, para o que é indispensável sua ajuda e proteção. Ninguém é forte por suas próprias forças, mas graças à indulgência e misericórdia de Deus. Até o próprio Cristo indica a fraqueza do homem que ele mesmo carregava, dizendo: "Pai, se possível, afasta de mim este cálice" [9]. E acrescentou imediatamente, deixando aos discípulos o exemplo de que não deveriam fazer a própria vontade, mas a de Deus: "contudo, não se faça o que eu quero, mas o que tu queres". O mesmo ele diz em outro lugar: "Não desci do céu para fazer a minha vontade, mas a daquele que me enviou" [10].

Se o Filho esteve atento no cumprir a vontade do Pai, quanto mais deve estar o servo em relação ao Senhor. São João nos exorta igualmente, em sua epístola, a cumprir a vontade do Pai: "Não ameis o mundo, nem o que está no mundo. Se alguém ama o mundo, a caridade do Pai não está nele. Pois tudo que está no mundo é concupiscência da carne, concupiscência do mundo. O mundo passará, e igualmente a sua concupiscência; aquele, porém, que cumprir a vontade de Deus permanece eternamente" [11]. Os que quisermos permanecer eternamente devemos, pois, cumprir a vontade do eterno Deus.

Ora, a vontade de Deus é a que Cristo praticou e ensinou. Humildade na vida, estabilidade na fé, veracidade nas palavras, justiça no agir, misericórdia nas obras, disciplina nos costumes, não saber injuriar, tolerar a injúria recebida, manter a paz com os irmãos, querer a Deus com todo o coração, amando-o como Pai e temendo-o como Deus; nada prepor ao Cristo, porque ele também nada prepôs a nós; aderir inseparavelmente à sua caridade, unir-se à sua cruz com firmeza e fé e, quando houver luta por seu nome e honra, manifestar na palavra e constância, com que o confessarmos diante dos juízes, a firmeza de nosso combate; manifestar enfim na morte a paciência pela qual somos coroados. Isso é ser co-herdeiros de Cristo, isso é praticar o preceito de Deus, isso é cumprir a vontade do Pai!

Pedimos que seja feita a vontade do Pai assim na terra como no céu, pois em ambos os casos está em jogo nossa segurança e salvação. Possuímos um corpo da terra e um espírito do céu, somos a um tempo terra e céu. Oramos para que em ambos, corpo e espírito, seja feita a vontade de Deus. Na verdade, há luta entre a carne e o espírito, e essa discórdia diária acarreta-nos embaraços para fazer o que queremos. De um lado o espírito procura o que é celeste, o divino; de outro lado a carne cobiça o secular, o terreno. Por isso pedimos que pelo auxílio de Deus se estabeleça a harmonia entre ambos, que graças à sua vontade, realizada na carne e no espírito, seja salva a vida por ele renascida.

Pode-se ainda, irmãos caríssimos, entender de outra maneira. Como o Senhor quer e exige que amemos até os inimigos, que oremos até pelos que nos perseguem, pode-se entender que devamos pedir também pelos que ainda são terra e não começaram a ser celestes, para que neles se realize a vontade de Deus, a vontade que Cristo cumpriu conservando e reintegrando o homem.

O Senhor já não chama seus discípulos terra, mas sal da terra, e o Apóstolo diz que o primeiro homem é limo da terra, ao passo que o segundo é celeste; portanto, nós, que devemos ser semelhantes ao Pai - (o qual faz nascer o sol sobre bens e maus, chover sobre justos e injustos) - seguindo o conselho de Cristo, oramos e pedimos numa única prece pela salvação de todos. Assim como a vontade de Deus foi feita no céu, isto é, em nós - que pela fé nos tornamos céu assim se faça também na terra, isto é, nos que ainda não crêem, que ainda são terrenos pelo primeiro nascimento a fim de começarem a ser celestes pelo renascimento na água e no Espírito.

Prosseguindo, dizemos: "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje". Podemos tomar este pedido tanto no sentido espiritual como no literal, pois os dois modos de entender servem divinamente à nossa salvação. O Cristo é o pão da vida, e este pão não é de todos, é nosso. E assim como dissemos Pai nosso) porque é Pai dos que entendem e crêem, dizemos também pão nosso) porque é pão para aqueles que comem o seu corpo. Pedimos que este pão nos seja dado diariamente a fim de que, estando no Cristo e recebendo diariamente a eucaristia como alimento de salvação, não venhamos a ser separados do Corpo de Cristo e tornar-nos alguma vez proibidos de participar do pão celeste, afastados da comunhão, por causa de algum grave pecado. Ele próprio disse: "Eu sou o pão que desci do céu. Se alguém comer do meu pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo" [12]. Dizendo viver eternamente quem comer deste pão, fica evidente que viverão sempre os que pertencem ao seu corpo e recebem a eucaristia, pelo direito da comunhão, ao mesmo tempo que se passa a temer que alguém seja separado do corpo de Cristo e afastado da salvação, pela interdição de participar do pão. Devemos orar para que tal não aconteça, como ele mesmo nos adverte: "se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós" [13]. Por isso pedimos que o pão nosso, isto é, Cristo, nos seja dado diariamente. Vivendo nele, não nos afastaremos de seu corpo e de sua santificação.

Pode-se, na verdade, interpretar de outra maneira estas palavras. Pode-se entender que nós, que renunciamos ao século e rejeitamos as suas riquezas e pompas, pela fé da graça espiritual, não peçamos senão o alimento indispensável para o nosso sustento, conforme a palavra do Senhor: "Quem não renunciar a tudo que possui, não pode ser meu discípulo". [14]. Quem, portanto, seguindo a palavra do Mestre, renunciou a tudo e começou a ser discípulo de Cristo, deve pedir o alimento para o dia que passa e não estender os seus desejos em longos pedidos. Assim ele preceituou, dizendo: "Não penseis no dia de amanhã, porque o dia de amanhã trará os seus cuidados. Basta a cada dia a sua própria pena". [15]. Assim, o discípulo de Cristo, proibido de preocupar-se com o dia de amanhã, pede apenas o alimento de cada dia. Aliás, seria estranho e contraditório pedirmos que o reino de Deus venha a nós em breve e ao mesmo tempo cuidarmos de viver no mundo mais longamente. Também o Apóstolo aconselha, fortalecendo e consolidando nossa fé e esperança: "Nada trouxemos para este mundo; e nada, na verdade, podemos levar. Se temos o que comer e vestir, estejamos contentes. Os que desejam enriquecer, caem na tentação, no laço e em muitos desejos nocivos que lançam o homem na perdição e na morte. Com efeito, a raiz de todos os males é a cobiça; por ela alguns se afastaram da fé e acarretaram para si muitas dores" [16].

Esta doutrina ensina, não só que as riquezas devam ser desprezadas, mas que são perigosas, achando-se nelas a raiz dos males que afagam e enganam, por disfarces e seduções, a cega mente humana. Daí, Deus ter respondido ao rico insensato que pensava nos seus bens terrenos e se vangloriava da abundância dos seus frutos: "Insensato, esta noite ainda, entregarás a tua alma; para quem ficará o que preparaste?" [17] Alegrava-se o insensato com seus frutos na noite em que ia morrer, preocupava-se com a abundância de alimento no momento em que a vida já se afastava.

O Senhor ensina, ao contrário, tornar-se perfeito e íntegro quem vende tudo o que possui e dá aos pobres, prepara este seu tesouro no céu. Diz o Senhor que só pode segui-lo e imitar a glória de sua paixão quem não está ligado por interesses particulares e então, pronto e sem empecilhos, está livre para acompanhar com a própria pessoa a doação já feita dos bens. Em preparação para isso aprenda-se a orar dessa maneira e a descobrir assim como se deve ser.

Pedimos a seguir por nossos pecados, dizendo: - "Perdoa as nossas dívidas, como nós perdoamos aos nossos devedores". Depois do socorro do alimento, o perdão do pecado. Quem é alimentado por Deus, viva também em Deus; cuide não só da vida presente e temporal, mas sobretudo da eterna, à qual se pode chegar se os pecados são perdoados, pecados que o Senhor, no Evangelho, chama dívidas: "Perdoei toda a tua dívida, porque me pediste" [18].

Mas, quão necessária, quão salutar e previdentemente se nos adverte que somos pecadores e devemos rogar pelos nossos pecados! Pois ao pedirmos a misericórdia de Deus, tomamos consciência de nós mesmos. Para que ninguém se contente consigo, presumindo-se inocente, nem avance ainda mais para a morte, exaltando-se, está essa ordem de rezarmos cada dia pelos próprios pecados, lembrando-nos que pecamos diariamente. Disso aliás também nos previne João, na epístola: "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está conosco. Se, porém, confessarmos nossos pecados, o Senhor é fiel e justo para perdoá-los" [19]. Aqui estão duas idéias: devemos rogar pelos nossos pecados, e conseguiremos a indulgência quando o fizermos. Por isso, diz-se que o Senhor é fiel no cumprimento de sua promessa, isto é, fiel no perdão dos pecados: ensinou-nos a orar nessa intenção, prometendo a indulgência e a misericórdia de um Pai.

Mas vem logo indicada, claramente, a condição segura e o penhor de nossa prece, a maneira em que devemos fazê-la: peçamos para nós o perdão das dívidas na medida em que perdoarmos aos nossos devedores; não podemos conseguir o que pedimos para os nossos pecados, se não fizermos o mesmo em relação aos nossos devedores. Nesse sentido, lê-se em outro lugar: "Na medida em que medirdes, sereis medidos" [20]. Assim, aquele servo que recebera do senhor o perdão de toda a sua dívida e a seguir não quis fazer o mesmo para o companheiro, foi preso e encarcerado. O senhor retirou-lhe o perdão porque lhe faltou indulgência para com o companheiro. Outra vez, mais fortemente ainda, Cristo propõe, entre seus preceitos, este princípio: "Se ides orar e tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-o antes, para que o vosso Pai celeste, igualmente, vos perdoe os pecados. Se porém não perdoardes, vosso Pai do céu também não perdoará os vossos pecados" [21]. Não te restará, pois, a menor escusa no dia do juízo, quando fores julgado conforme tua sentença. Como fizeste, assim te será feito.

Deus preceituou que devemos ser pacíficos, concordes e unânimes em sua casa. Ele quer que perseveremos tais como nos fez pela geração do segundo nascimento, a fim de que permaneçam na sua paz, os que vivemos em Deus e tenhamos uma só alma e um só sentir os que temos um só Espírito. Deus não aceita o sacrifício do dissidente. Manda que volte do altar e se reconcilie antes com o irmão para ser benigno e obter a benignidade de Deus. O máximo sacrifício, aos olhos de Deus, é a nossa paz e concórdia fraternal, é o povo reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Manda-nos ainda o Senhor que digamos na oração: "E não nos deixes cair em tentação". Isto mostra que o adversário nada pode contra nós sem uma permissão de Deus. Assim, voltar-se-á para o Senhor todo nosso temor, zelo e devoção; pois nada é possível ao Maligno, no sentido de tentar-nos, sem a divina permissão.

Prova-o a divina Escritura; "Veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e atacou-a; o Senhor entregou-a em suas mãos" [22].

E o poder contra nós é dado a ele segundo os nossos pecados, pois está escrito: "Quem entregou Jacó ao massacre e Israel aos espoliadores? Não foi Deus, contra quem pecaram, cujas vias não quiseram seguir e cuja lei não quiseram ouvir, que dirigiu para eles a ira de sua alma?" [23] E também a respeito de Salomão, quando pecou e se afastou dos caminhos de Senhor: "O Senhor excitou Satanás contra Salomão" [24].

De duas maneiras é dado poder contra nós: para castigo, quando pecamos; para glória, quando somos provados. Isso aparece concretamente no caso de Jó, por revelação do próprio Deus: "Eis, tudo que é dele coloco em teu poder; cuida, porém, de nele não tocares" [25].

No Evangelho, diz o Senhor sobre o tempo da paixão: "Nenhum poder terias contra mim, se não te fosse dado do alto" [26].

Rogando para não cair em tentação, lembramo-nos de nossa fraqueza e miséria, e não nos exaltarmos insolentemente, considerando orgulhosamente algo como nosso, não julgaremos nossa glória a confissão do martírio. Pois, ensinando-nos a humildade, diz o Senhor: "Vigiai e orai para não cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca" [27]. Antepõe, assim, a confissão humilde e submissa à prece, atribui tudo a Deus a fim de obteres da sua misericórdia o que pedires com temor e reverência.

Depois disto tudo, completando a oração, vem a petição final que, numa síntese brevíssima conclui todos os nossos pedidos e súplicas. Dizemos em último lugar: - "Livra-nos de todo o mal" abrangendo com esta palavra as adversidades que o inimigo possa maquinar contra nós neste mundo. Contra todas as tramas suas estaremos firmes e seguros se Deus nos livrar delas, se conceder seu auxílio aos que Lho suplicam e imploram. Tendo dito: "Livra-nos do mal", nada mais resta a pedir, pois já pedimos, de uma só vez, a proteção de Deus contra o mal; conseguida essa proteção estamos seguramente guardados contra as maquinações do diabo e do mundo. Com efeito, que se poderá temer no mundo se se tem a Deus por guardião?

[1] Jo 1,115. [2] Dt 33,9. [3] Mt 8,22. [4] 15m 2,30. [5] lCor 6,19. [6] Lv 20,26; Pd 1,16. [7] 1Cor 6,95. [8] Mt 25,34. [9] Mt 26,39. [10] Jo 6,38 [11] lJo 2,15 ss [12] Jo 6,51. [13] Jo 6,53. [14] Lc 14,33. [15] Mt 6,34. [16] 1Tm 5,7 ss. [17] Lc 20,20. [18] Mt 18,32 [19] 1Jo 1,8. [20] Mt 7,2. [21] Mt 6,14 [22] Dn 1,1-2. [23] Is 12,255. [24] 1Rs 1,14. [25] Jo 1,12. [26] Jo 19,11. [27] Mt 26,41.

Fonte: GOMES, Cirilo Folch, OSB. Antologia dos Santos Padres.
Coleção "Patrologia". Ed. Paulinas, São Paulo, 1985.


Maio/Junho - 2019

Estimados irmãos!

Nossa meta, como cristãos, consiste num caminho de conversão cujo fim é vivermos a santidade, ou como dizia São Paulo:

“...até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo.” (cf. Ef 4,13)

Não é empresa fácil, pois enfrentamos barreiras aparentemente muitas vezes intransponíveis, no entanto, plenas de significado, uma vez que nos revela concretamente que sem o auxílio do Espírito Santo, da Graça divina, nada conseguimos...

Aqui está talvez o “nó” dos tempos modernos, eivado por uma mentalidade racionalista, secularizada e de um falso humanismo. Hoje nos é passado em diversos ambientes, até religiosos, que todo o esforço para conquistar o Céu, a Vida Eterna, depende exclusivamente de nós... é por isso que muitos cristãos com muita boa vontade desistem de encetar o caminho; não há como avançar, quando se percebe que será uma batalha fadada ao fracasso... Não! Não é este o Caminho proposto por Jesus Cristo a todos nós! Basta lermos a Sagrada Escritura com um olhar mais acurado e veremos que Ele, ao se encarnar, realizou os Planos de Salvação do Pai, em sua totalidade e perfeição. A Salvação foi conquistada por Ele e só Por Ele, na comunhão com o Pai e o Espírito Santo! Ele nos concedeu a Salvação gratuitamente, ao perdoar nossos pecados e nos conceder a Vida em plenitude.

Assim, caros irmãos, a nós nos resta uma atitude essencialmente decisiva: aceitar ou não esse Dom gratuito de Deus! Esta decisão é livre e soberana... e talvez aqui esteja o “nó”: todo esforço que fazemos na verdade está em responder de forma fiel a esse Amor derramado em nossos corações. Vejamos o que diz São Paulo a respeito disso (cf. Rm 5,5-12.15): “E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Com efeito, quando éramos ainda fracos, Cristo a seu tempo morreu pelos ímpios. Com muita dificuldade, a gente aceitaria morrer por um justo, por um homem de bem, quiçá se consentiria em morrer. Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, se¬remos por ele salvos da ira.

Se, quando éramos ainda inimigos, fomos recon¬ciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida. Ainda mais: nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem desde agora temos recebido a reconciliação! Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram... Mas, com o dom gratuito, não se dá o mesmo que com a falta. Pois se a falta de um só causou a morte de todos os outros, com muito mais razão o dom de Deus e o benefício da graça obtida por um só homem, Jesus Cristo, foram concedidos copiosamente a todos.”

Este Tempo Pascal foi criado para que pudéssemos dar uma grande resposta ao ato supremo de Amor de nosso Senhor Jesus Cristo realizado por nós na sua paixão, morte e ressurreição. Ele está ressuscitado! Aqui está nossa esperança! A morte já não é a última palavra!

LVivamos este tempo com alegria, esperança e fé nAquele que não nos decepciona!

Rezemos pelo nosso 5º TLC – Treinamento de Liderança Cristã, onde aos jovens é-lhes proporcionado um tempo de encontro forte com o Senhor!

Rezemos pela 6ª Comunidade de irmãos do Caminho Neocatecumenal que aceitaram fazer um trajeto de conversão e gestação da Fé.

Enfim, participemos do projeto de construção de nossa Igreja Matriz! Dia 28 de junho estaremos realizando a Festa do Bacalhau no Salão Paroquial a partir das 20 horas. Eis aqui um momento oportuno para vocês exercerem o amor e participarem da construção. Adquira já o seu convite e venha participar conosco desse momento de confraternização e colaboração. Informem-se na Secretaria Paroquial com a Sra. Rozilda ou com os irmãos responsáveis nas missas.

Que Jesus Cristo Ressuscitado abençoe a todos!


Pe. Manoel Viana
Pároco


Janeiro/Fevereio - 2019

Amados irmãos e irmãs,

“A tua Palavra, Senhor, é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.”
(Sl 118/119,105)

Este período entre o Tempo do Natal e a Quaresma coincide em nosso País com a época de férias, o que, aparentemente, nos dá a impressão de que não há nada de novo, de boa nova... o que é falso. O mistério sempre é novo e atual. Deus não se cansa de caminhar conosco, mesmo nos momentos que não percebemos sua presença real. A parábola das “pegadas na areia da praia” comprova isto...

É por isso que a sabedoria da Igreja nos presenteia com o chamado Tempo Comum ou Tempo Ordinário, que nos coloca a caminho, nos compromete com Jesus Cristo, com a Igreja, com nossos irmãos e irmãs. Não se pode perder tempo ou se eximir da nossa missão de cristãos no mundo. Não se pode “dar um tempo” para o nosso relacionamento de fé e de amor com Deus e com os irmãos!

Assim, diante da nossa falta de compromisso, surge um tempo litúrgico maravilhoso em nossa caminhada: o Tempo da Quaresma! Sim, um tempo desafiador de conversão, de jejum, de caridade e muita oração. Esse tempo nos ajuda a compreender o verdadeiro sentido da Páscoa da Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, uma vez que é Ele que, caminhando conosco, aponta-nos para o verdadeiro sentido de nossa existência: a grande felicidade de nos sentirmos amados por Deus, de descobrirmos o maravilhoso Dom da Vida em Plenitude que nos ajuda a transpormos as barreiras que a vida nos impõe.

Amados irmãos e irmãs, aproveitemos esse Tempo estupendo de encontro com o Senhor! Na Quarta-Feira de Cinzas permitamos que a Palavra do Senhor nos chame à realidade tão visível em nossas vidas: o drama do pecado. Porém, permitamos que o itinerário que nos é proposto pela Igreja seja de descoberta do perdão, da reconciliação e do infinito abraço do Pai Misericordioso. Ele, o Senhor, quer de fato fazer uma aliança de Amor com cada um de nós!

Não esqueçamos das nossas atitudes práticas ao longo desse Tempo – e, porque não dizer de toda nossa vida! – a caridade fraterna. Em nossa Paróquia há três frentes de atuação que podemos escolher ou abraçar: a Cáritas, com nossos projetos sociais; a Pastoral do Quilo, com o auxílio às famílias carentes, e o Projeto de Construção da nossa Igreja Matriz, com o engajamento no programa do Benfeitor do Metro Quadrado.

Lembremos sempre as palavras de nosso querido Papa Francisco: “Não há cristão sozinho no mundo... somos cristãos porque somos Igreja-Comunidade!”. Unamo-nos em um só coração e em uma só alma na construção do Reino de Deus!

Que Deus abençoe a todos!


Pe. Manoel Viana
Pároco


Dezembro - 2018

Queridos irmãos e irmãs,

Quando um profundo silêncio tudo envolvia e a noite ia a meio do seu curso, a vossa Palavra Omnipotente desceu dos céus, do seu trono real.
(Sab 18,14-15)

Dezembro chegou e com ele iniciamos o precioso Tempo do Advento. Na verdade, – diferentemente do ano civil –, o ano litúrgico inicia-se com o primeiro domingo do Advento, trazendo-nos uma nova proposta de caminhada alicerçada num dos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) nomeados por uma letra; neste caso, entramos no Ano C e o Evangelho a ser tomado como base de nossa caminhada ao longo de 2019 será o de São Lucas, o Evangelho da Misericórdia por excelência!

O Advento vem como tempo de preparação para o Senhor que vem ao nosso encontro. A iniciativa é dEle! A Misericórdia, o Amor, a Ternura, a Compaixão... enfim, o Salvador vem! E como vamos acolhê-lo? Como vamos nos preparar para que sua visita – a visita no Tempo da Graça – não seja em vão, isto é, que Ele não passe sem se deter em nossos corações? É preciso preparar-se condignamente... nesse sentido, é preciso purificar-se, limpar o coração de toda espécie de maldade; é preciso ir ao encontro do Perdão! A isto damos o nome de conversão! E o mais espetacular disso é que o Senhor está nos esperando!... É o verdadeiro Dia que vem para dissipar as trevas do pecado, da morte... Veja o que Santo Agostinho nos diz a respeito do Natal de Nosso Senhor:

"Reconheçamos o verdadeiro dia e tornemo-nos dia! Éramos, na verdade, noite quando vivíamos sem a fé em Cristo. E uma vez que a falta de fé envolvia, como uma noite, o mundo inteiro, aumentando a fé a noite veio a diminuir. Por isso, com o dia de Natal de Jesus nosso Senhor a noite começa a diminuir e o dia cresce. Por isso, irmãos, festejemos solenemente este dia; mas não como os pagãos que o festejam por causa do astro solar (símbolo desse consumismo desenfreado que hoje experimentamos); mas festejemo-lo por causa daquele que criou este sol. Aquele que é o Verbo feito carne, para poder viver, em nosso benefício, sob este sol: sob este sol com o corpo, porque o seu poder continua a dominar o universo inteiro do qual criou também o sol. Por outro lado, Cristo com o seu corpo está acima deste sol que é adorado, pelos cegos de inteligência, no lugar de Deus que não conseguem ver o verdadeiro sol de justiça"

O Salvador vem, irmãos e irmãs! Nestas quatro semanas, preparemos dignamente para recebê-lo, como dizia acima. Usemos das armas que possuímos para vencer com Ele o ídolo deste mundo: a oração, a confissão, a reconciliação, as obras de caridade e amor ao próximo...

Enfim, não esqueçamos que no meio do Advento encontra-se Maria. A Igreja celebra a Imaculada Conceição, padroeira de uma das nossas comunidades, aliás, a primeira comunidade a ter construída uma igreja. Não é sem razão que Nossa Senhora é a grande anunciadora – junto com São João Batista – da vinda do Salvador; ela está grávida,

aguardando o momento para dar à luz o Filho de Deus, o grande Mistério que os pagãos (hoje, os ateus e agnósticos) não conseguem compreender e nem se alegrar. Maria nos convida para este momento final, que na verdade se torna o momento inicial e crucial de nossa redenção.

Celebremos o Natal não como os pagãos, mas como cristãos. Vejam a exortação de São Gregório de Nazianzo nos faz: Esta é a nossa festa, isto celebramos hoje: a vinda de Deus ao meio dos homens, para que, também nós cheguemos a Deus… celebremos, pois, a festa: não uma festa popular, mas uma festa de Deus, não como o mundo quer, mas como Deus quer; não celebremos as nossas coisas mas as coisas daquele que é nosso Senhor….

Como fazê-lo? Pergunta este bispo de Constantinopla do século IV. E responde sem hesitar: "Não embelezemos as portas das casas, não organizemos festas, nem adornemos as estradas, não dêmos banquetes em nosso proveito nem concertos para mero agrado dos ouvidos, não exageremos nos adornos nem nas comidas… e tudo isto enquanto outros padecem fome e necessidades, esses que nasceram do mesmo barro que nós".

Que Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor, possa bater também na porta dos nossos corações, de nossas famílias, de nossos lares. Que Ele ilumine nossa vida, tornando-a repleta de sentido e vida. Que Ele nos dê como presente precioso, não objetos materiais que logo perecem, mas o dom do Amor e da Caridade.

Feliz Natal a todos! Sejam felizes!


Pe. Manoel C. Viana Neto
Pároco


Outubro - 2018

Estimados irmãos,

Nossa Senhora do Rosário, Virgem da Nova Evangelização, rogai por nós!

Estamos vivendo tempos complexos de nossa história... Nunca a humanidade tem experimentado tempos como estes em que o ser humano cada vez mais tem se desumanizado, a ponto de quase se transformar em um objeto. Vemos que os valores que até então eram caros para todos nós, tais como a vida, a verdade, a honestidade, a dignidade, a fraternidade, a solidariedade, a justiça, o amor, entre outros, já não refletem o anseio de grande parte da população mundial e até brasileira. Fala-se muito desses valores, no entanto, seu conteúdo, sua essência, já não são mais os mesmos...

Até nós, crentes, tementes a Deus, bem como a prática de nossa fé, passa por crises importantes que fazem diminuir – se de fato isto é possível! – a força e a eficácia da mensagem que Jesus Cristo nos deixou. Lembro-me do Pe. Antônio Vieira (+ 1697), em seu Sermão da Sexagésima pregado em 1665, onde, comentando o Evangelho de São Lucas (8,11) sobre o semeador que saiu a semear, dizia: “... pois se tanto se semeia a Palavra de Deus, como é tão pouco o fruto? Não há um homem que em um sermão entre em si e se

resolva, não há um moço que se arrependa, não há um velho que se desengane. [...] Pois se a Palavra de Deus é tão poderosa; se a Palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, porque não vemos hoje nenhum fruto da Palavra de Deus?” Pe. Antônio Vieira já profetizava o problema do nosso testemunho, da dissociação entre fé e vida, elemento de enfraquecimento da Luz do Senhor neste mundo...

Diante dessa situação sombria, não deixam de surgir luzes que nos fazem crer na esperança de um mundo novo, que nos dão certeza e esperança aos nossos corações de que é possível “restaurar todas as coisas em Jesus Cristo” (cf. Ef 1,10), isto é, concretizar o Reino de Deus entre nós!

Este mês de outubro, tradicionalmente a Igreja no Brasil dedica-o a dois eventos bem estreitos entre si: o Mês do Rosário e o Mês das Missões. Ser mariano é ser também missionário, uma vez que todo fiel batizado é missionário por essência – está no DNA do cristão! – e é filho de Maria por adoção. Dizia o Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium que Maria é a mulher de fé, que vive e caminha na fé, por isso a sua excepcional peregrinação constitui sempre um ponto de referência para toda a Igreja. Ela é a “Estrela da Nova Evangelização”!

É nela que devemos fixar nosso olhar, para que nos ajude a anunciar a todos a mensagem de salvação!

É por isso que o Santo Padre exortou a todos nós que rezássemos todos os dias neste mês de outubro o Santo Rosário – o Santo Terço, como aqui chamamos – incluindo ao final a oração mariana “À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus...” e a oração a São Miguel Arcanjo. Que tal seguirmos esta salutar recomendação de nosso Papa?

Enfim, rezemos pelo nosso País, que passa por crises institucionais profundas, como também pelas eleições. Nunca é demais lembrar que o cristão tem o dever cívico, moral e religioso de escolher o representante que luta pela vida desde a sua concepção até à velhice, preserva a família como instituição fundamental de uma sociedade e é comprometido com a justiça social, especialmente pelos menos favorecidos.

Que Deus Abençoe a todos e que nossa querida Mãe nos conduza nos passos de seu Filho Jesus, nosso Salvador!


Pe. Manoel C. Viana Neto
Pároco


Agosto - 2018

Estimados paroquianos,

"O Senhor chamou-me desde meu nascimento; ainda no seio de minha mãe, ele pronunciou meu nome."
(Is 49,1)

Eis que chegamos no mês de nossa querida Padroeira, Santa Suzana, nossa jovem virgem e mártir, que viveu no final do século III, num momento delicado para os cristãos.

Este mês é especial também porque celebramos o dom das vocações. A Igreja no Brasil, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 19ª Assembleia Geral, instituiu este mês como “Mês Vocacional” e chama-nos a refletir sobre a vocação de todos os batizados; para que isto se tornasse possível, ela marcou cada domingo do mês com a reflexão de uma vocação específica na Igreja. Assim, o 1º domingo é dedicado aos ministérios ordenados (diáconos, padres e bispos); o 2º domingo, à família e ao matrimônio (dia dos pais e início da Semana Nacional da Família); o 3º domingo, à vida consagrada (consagrados e religiosos); o 4º domingo,

aos ministérios leigos na Igreja (catequistas, ministros, coroinhas, etc.).

Vocação dos batizados, isto é, de todo cristão! Ainda mais neste ano que comemoramos o “Ano Nacional do Laicato”, nossa Igreja quer que todos os fiéis leigos “arregacem as mangas” e se engajem de forma concreta, ativa, consciente e frutuosa na construção do Reino de Deus. Ninguém pode ficar de fora! Jesus mesmo convoca todos os seus discípulos a proclamar um Tempo da Graça do Senhor, uma Boa Notícia, isto é, um tempo onde a Palavra de Deus seja anunciada a todos e o Amor seja conhecido e vivido por todos! Isto não é utopia, mas uma realidade perfeitamente realizável quando todos os cristãos trabalharem concreta e efetivamente para isto! Deus nos ajuda! Ele vai à nossa frente! Como está tua vocação? Como você, querido irmão, querida irmã tem servido a Deus?

A Semana Nacional da Família que iremos comemorar também em nossa paróquia (veja a programação neste site) é de fundamental importância para todos nós. Quero reiterar o convite que está sendo feito a todos em nossas celebrações.

Participem! Prestigiem a graça e o dom da Família!

Enfim, irmãos, não poderia terminar sem dizer algo da nossa Padroeira. Neste ano teremos uma novidade nas celebrações... o Tríduo terminará no sábado que antecede à solenidade com uma gostosa quermesse após a missa. Os convites já estão sendo vendidos e eles serão revertidos em consumação na própria festa. Prestigiem esse momento de congraçamento e alegria, pois será uma oportunidade para expressarmos nossa vida de comunidade paroquial!

Que Santa Suzana, que teve uma família exemplar possa nos guiar nas sendas do Senhor e lutar para que a vida que nasce, cresce, morre e ressuscita seja um sinal da potência do Reino de Deus!

Mãos à obra! Coragem a todos! Não esqueçam de rezar pelas obras da Matriz e se comprometerem como benfeitores do Metro Quadrado! Afinal, temos que terminar o que começamos, não é?

Que Deus os abençoe!
Pe. Manoel C. Viana Neto
Pároco


Junho - 2018

Amados irmãos,

"Cantai ao Senhor um cântico novo. Cantai ao Senhor, terra inteira. Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome, anunciai cada dia a salvação que ele nos trouxe. Proclamai às nações a sua glória, a todos os povos as suas maravilhas."
(Sl 95/96)

Não é sem razão que devemos sempre louvar e bendizer ao Senhor nosso Deus! Já assim nos exortava São Paulo: "Vivei sempre contentes. Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo." (1Tes 5,16-18). Dar graças ao Senhor é já experimentar uma alegria incontida, um júbilo profundo em nossos corações... Digo isso por causa de nosso Salão Paroquial que será inaugurado no próximo dia 30 de junho, às 17 horas. Mais uma conquista, ainda que tímida, mas extremamente significativa! Não paramos e não vamos parar, pois o Senhor vai à nossa frente! Gosto sempre de rezar: “completai, Senhor, a obra começada; não deixeis inacabada a obra de tuas mãos”! (Cf. Sl 137/138). Quero de público agradecer aos benfeitores do Metro Quadrado que perseverantemente têm nos ajudado a concretizar

nossos sonhos, bem como a alguns benfeitores avulsos que nos socorreram nesta etapa... O Salão será entregue não totalmente acabado, até porque todos os paroquianos precisam saber que a obra só terminará quando todos “vestirem a camisa” e forem colaboradores do Metro Quadrado, quando todos os paroquianos assumirem a construção do Complexo para si... rezo para que Deus toque o coração de todos!

Este mês de junho tradicionalmente em nossa Paróquia é um mês de encerramento das atividades pastorais e apostólicas. Damos um tempo para que todos possam refazer suas forças, estarem mais com suas famílias, descansarem. Em agosto retomaremos com toda energia e entusiasmo nossa caminhada, já que é um mês dedicado às vocações, isto é, ao chamado que de Deus recebemos, primeiro à vida, depois à santidade, cada qual no seu estado de vida, seja religioso, sacerdotal, consagrado, leigo... Tudo é puro Dom de Deus que nos chama a todos para construir seu Reino no meio de nós, ou, como costumo dizer: “Juntos, construiremos a Vida”! Não poso deixar de lembrar, ainda que estejamos distantes, a festa de nossa Padroeira, Santa Suzana, que neste ano ganhará um dia de festa com barracas, diversões e muitas outras atividades.

No tempo oportuno faremos uma divulgação mais ampla.

Pediria a todos vocês, irmãos e irmãs, que rezassem neste mês de julho pelas famílias e de modo especial por todos os casais cristãos que buscam a santidade. Eu e Pe. Antônio estaremos em Fátima, Portugal, para participarmos do Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora. Momento de muita unção e aprofundamento da espiritualidade conjugal, com a participação de casais do mundo inteiro. Serão mais de 5000 casais reunidos aos pés da Virgem de Fátima.

Neste tempo de Copa, que nosso verdadeiro esporte seja a oração e o amor ao próximo! Sabemos e termos certeza que a vitória já é nossa, uma vez que foi conquistada por Jesus Cristo!

Que Deus abençoe a todos! Sejam felizes e não deixem de participar da inauguração do Salão Paroquial no dia 30, às 17 horas, na Rua David Ben Gurion, 777, local das obras de nossa futura matriz.

Um abraço fraterno!
Pe. Manoel C. Viana Neto
Pároco


Abril - 2018

Amados irmãos e irmãs!

Cristo ressuscitou verdadeiramente!
Aleluia!

Estamos no auge de nossa fé, de nossa esperança: a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador! Aleluia!

O Tempo Pascal – que é celebrado durante 50 dias – é um tempo de grande alegria e de grande júbilo para a Igreja e, consequentemente, para todos nós, do contrário, como dizia São Paulo, “se Cristo não ressuscitou, vã é nossa fé...” (cf. 1Cor 15,13). Assim, a ressurreição de Cristo é a salvaguarda de nossa esperança, de nosso modo de viver esta vida, de olharmos o tempo presente como pleno da presença vivificadora do Ressuscitado. É compreendermos que Ele se faz presente de forma eficaz no “aqui e agora” de nossa existência através dos sinais sacramentais – de modo especial a Santíssima Eucaristia – e dos fatos de nossa história.

Quero convidá-los a viver este tempo com os olhos fixos no Senhor, que se encontra lá no alto

(cf. Col 3,1-4), isto é, nas coisas mais sublimes da vida.

E isto não quer significar uma espécie de alienação, de fuga do mundo... longe disso! Quero convidar você, meu querido irmão, minha querida irmã, a colocar o coração em Deus e trazer o céu para aqui na terra, fazer que as coisas cinzentas desta vida tenham um colorido, enfim, dar significado à vida. Eis nossa missão! Dar sentido à vida, iluminar os corações de nossos irmãos que estão nas trevas do pecado, do erro, do engano...

Há alguns dias atrás celebrávamos a Santa Vigília da Páscoa de Nosso Senhor. O Círio Pascal aceso no fogo novo nos recordava a vitória de Jesus Cristo sobre as trevas do pecado e da morte. Nesse contexto, renovávamos nossa consagração batismal, comprometendo-nos a viver como cristãos autênticos, ou seja, homens e mulheres que são capazes de se amarem na dimensão da Cruz de nosso Senhor, dando a vida, se for preciso, e, viver na unidade que gera comunhão, que manifesta a Igreja, a Esposa de Jesus Cristo Ressuscitado...

Teremos na Paróquia um ciclo de catequeses ministradas por mim e uma equipe de catequistas justamente para refletirmos sobre isso... serão sempre às segundas e quintas feiras, na Comunidade Imaculada Conceição, com início no dia 9 de abril; vocês estão mais que convidados! Fiquem atentos aos anúncios!

Enfim, também quero compartilhar com vocês que iniciamos o acabamento de uma parte do estacionamento, bem como da vedação da parte superior, para funcionar futuramente como área de celebração de missas. Isto aliviará principalmente as missas da capela da Comunidade Santa Suzana, que, graças a Deus, vem aumentando a participação de fiéis. Continuemos em oração, como também, sejamos firmes! Colaboremos com a Campanha do Metro Quadrado! Àqueles que colaboram conosco já há algum tempo: meu sincero muito obrigado e que Deus os abençoe sempre mais!

Um feliz Tempo Pascal, cheio de grandes alegrias na Paz do Ressuscitado!

Pe. Manoel C. Viana Neto
Pároco


Fevereiro - 2018

Estimados amigos!

Juntos construímos a Vida!

Estamos iniciando uma nova etapa de nosso site que, espero, possa ser mais dinâmica e cheia de novidades!

É uma grande alegria contar com fiéis leigos que nos ajudam a contar um pouco da história de nossa comunidade paroquial, bem como colocar todos os visitantes do site a par das novidades e atividades desenvolvidas na paróquia... agradeço de coração a todos os irmãos e irmãs responsáveis e colaboradores!

Neste mês, daremos logo mais início a um Tempo Litúrgico muito especial e importante. A Quaresma será aberta na Quarta Feira de Cinzas e nos levará a um caminho profundo de conversão e preparação para a Ressurreição do Senhor na Páscoa. Como teremos como Evangelho de fundo as palavras de São Marcos, o tema principal será o da Aliança, expressa fundamentalmente na 1ª leitura das missas dominicais. Isto é, nosso batismo não pode ser considerado apenas como um sacramento da fé, mas de modo especial também o sacramento do compromisso. Esse tempo nos convidará a meditar sobre o nosso batismo e como ele nos introduz em um novo modo de vida. A Quaresma convida-nos a viver um tempo mais intenso de oração, escuta da Palavra de Deus, penitência e caridade, para assim compreendermos a Aliança que Deus fez por nós, ou seja,

Ele ofereceu-nos seu profundo Amor e nós respondemos com a nossa fé, obediência e lealdade. É uma relação íntima, transformadora e vital que nos faz segui-Lo como nosso Mestre e a servi-Lo nos irmãos... Faz-nos também assumir uma atitude de humilde adoração diante da maior Aliança que o Pai fez conosco: o Sacrifício de seu Filho na sua paixão, morte e ressurreição culminada na Santa Missa.

Também não posso deixar de manifestar minha alegria nas inúmeras atividades que a partir deste mês reiniciarão ou terão seu início marcado. De modo especial a Catequese para a Vida Eucarística para crianças a partir de 8 anos, a Catequese Bom Pastor para crianças a partir de 3 anos e a Catequese para Adultos (aqueles que não tiveram a oportunidade de fazerem a 1ª comunhão, o Crisma ou mesmo serem batizados). Ainda há tempo para inscreverem-se! Neste ano, em virtude do "Ano Nacional do Laicato", a Pastoral Familiar estará se empenhando em animar as famílias e os leigos de modo geral a se aprofundarem nessa temática, especialmente no protagonismo de todo batizado no anúncio da Palavra e no testemunho do Evangelho no mundo da Igreja, da família, do trabalho, do lazer etc. A propósito, quero convidar você, querido irmão, querida irmã a trabalhar conosco nas diversas frentes de trabalho de nossa Paróquia (pastorais, organismos, movimentos, ação social etc.). Venha ser conosco um/a construtor/a do Reino de Deus!

E por falar em construção, não posso terminar minha mensagem sem dizer algo sobre nosso Complexo Paroquial... Por enquanto, estamos em standby! No entanto, nosso fundo de arrecadação dará oportunidade para terminarmos o estacionamento da Igreja até o final do semestre, o que possibilitará ser utilizado de forma provisória para algumas celebrações de missas e outros encontros que exijam espaços maiores... Gostaria de fazer um grande apelo a você: colabore conosco nesse projeto! Venha ser um/a benfeitor/a! Assuma um metro quadrado de nossa construção! Isto possibilitará a nós darmos continuidade às obras! Não permitamos que ela pare por falta de irmãos e irmãs que acreditam no importantíssimo sinal de Deus nesta região, que é nossa Igreja Matriz! O pouco de cada um manifestará o muito necessário para concluir nosso Complexo Paroquial! Entre em contato conosco! Faça uma visita às obras!

Que o Bom Deus abençoe a todos! De modo especial, quero enviar uma bênção especial a tua família!

Com carinho e afeto,
Pe. Manoel C. Viana Neto
Pároco


Fevereiro/Março - 2017

Amados irmãos,

Convertei-vos! E crede no Evangelho!

Entramos num dos períodos mais importantes de nossa caminhada de cristãos: a Santa Quaresma! Ao longo de 40 dias a Igreja nos convida a um caminho de conversão, de luta contra nossos pecados, em vista da grande e mais importante festa de nosso Ano Litúrgico, a Santa Páscoa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo...

Eis o tempo de conversão! Assim ouvíamos na Quarta-feira de Cinzas.

Conversão esta que não é apenas uma mudança exterior... muito mais! É uma mudança de atitude interior, de mentalidade, do fundo do coração mesmo! As armas a serem usadas neste tempo é o jejum, a oração e a caridade. Não percamos tempo, não deixemos passar em branco este tempo de preparação, de purificação e de batalha interior.

O prêmio que nos foi prometido é nada menos que a Coroa da Vitória conquistada por Jesus Cristo! Que tal estabelecer algumas metas a partir daquelas três armas? Coragem!

Não podemos deixar de lembrar de um grande Santo celebrado neste mês: São José! Pai adotivo de Jesus, realizou a grande, humilde e nobre missão de cuidar da família mais preciosa de Deus. Modelo de todos os homens e de modo especial dos esposos, são José é o grande santo da família cristã. Provedor e homem justo, intercede por todos os lares cristãos. Celebraremos neste ano no dia 20 de março, em razão do domingo da quaresma.

Com relação às obras do Complexo Paroquial, seguimos com a construção do estacionamento sob a igreja e o centro de pastoral. Acreditamos que para o final de abril poderemos utilizá-lo para abrigar os veículos dos paroquianos que frequentam a missa na Comunidade Santa Suzana...

Com isto, também, terminará o projeto de construção da 1ª etapa: a construção da Caritas... Seguiremos agora para a 2ª etapa que é a construção da igreja matriz e do centro de pastoral – o Catecumênio. Com o caixa zerado, estaremos desenvolvendo ainda mais a campanha dos benfeitores do metro quadrado e da busca de doações para a consecução das obras. Elas não podem parar!!! Gostaríamos muito de contar com a ajuda de todos vocês! Afinal, essa obra é nossa e será nossa marca indelével nesta região!

Que possamos, irmãos, trabalhar juntos para que o Reino de Deus se manifeste através da nossa Matriz. Muito é preciso fazer, mas não esmoreçamos, pois quem vai à nossa frente não é ninguém senão o nosso Deus!

Deus os abençoe!

Pe. Manoel Viana - Pároco


Novembro/Dezembro - 2016

Mais uma vez somos chamados a contemplar o mistério insondável do Amor do Pai através de seu Filho Único gerado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e manifestado a nós através de sua beatíssima encarnação! Amor tão grande não já, pois, o que estava em jogo era nossa salvação... "Não cabe dar lugar à tristeza, quando a alegria se encarna!", dizia São Leão Magno, Papa!

O Natal de nosso Salvador e Redentor, Jesus Cristo, marca a história da humanidade ferida pelo pecado. Condescendência amorosa de Deus Pai que nos chama a participar da sua misericórdia, de sua intimidade, tratando-nos como a filhos, membros da única família divina que é a Igreja. Ou ainda como expressa o Catecismos da Igreja Católica em seu prólogo: "Deus, infinitamente Perfeito e Bem-Aventurado em si mesmo, em um designo de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar de sua vida bem-aventurada. Eis por que, desde sempre e em todo lugar, está perto do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a conhecê-lo e a amá-lo com todas as suas forças.

Convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade de sua família, a Igreja".

Deste modo, neste tempo de Natal a Igreja convida-nos a viver uma experiência concreta de graça e renovação da fé, onde a festa não se resuma apenas à troca de presentes e de gestos fraternos passageiros, de espírito natalino muitas vezes centrado no consumo e num paganismo disfarçado, mas, sobretudo na comemoração do Autor do Natal, que é o Deus-Menino!

Façamos da celebração deste grande evento, um momento de, em família, ao redor do presépio, cantarmos com alegria jubilosa e renovarmos nossa confiança nas promessas que nosso Salvador veio trazer-nos...

Recordemos que Ele se encarnou para, na Cruz Gloriosa, pegar pelos nossos pecados e nos amar até o fim... Lembremos que a Porta da Misericórdia foi fechada, mas os nossos corações jamais deverão se fechar à experiência da Misericórdia divina, como também oferecê-la aos nossos irmãos...

eis o verdadeiro esprítio do Natal!

Aproveito para agradecer a todos os irmãos e irmãs a inestimável ajuda ao longo deste ano que termina, dando se testemunho de amor fraterno nas diversas áreas de apostolado, atividades e serviços de nossa Paróquia. Sobretudo, gostaria de agradecer aos benfeitores do Metro Quadrado, voluntários e funcionários que tornaram possível concluirmos a 1ª etapa da construção de nosso Complexo Paroquial. Foi um grande milagre! Uma menção especial à Conferência Episcopal Italiana e ao Povo Italiano.

Desejo a todos os irmãos e irmãs, bem como às suas famílias, um santo e feliz Natal de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Em 2017 estaremos juntos, sob novo formato, isto é, agora no site de nossa Paróquia!

Deus os abençoe!

Pe. Manoel Viana - Pároco